
DISCÍPULO
João 15: 8
As reuniões das igrejas locais em geral se compõem de quatro grupos distintos de pessoas:
O visitante, o freqüentador assíduo, o membro, o discípulo.
O visitante
Essas pessoas não fazem parte do grupo ou da Igreja. O visitante é aquele que vai a uma ou duas reuniões, porque é convidado. Os visitantes são sempre bem vindos porque mostram a saúde daquele grupo. Um grupo saudável, assim como uma igreja, sempre tem visitante.
O freqüentador assíduo
São pessoas que ainda não assumiram compromisso com o Senhor e com os irmãos, mas freqüentam o discipulado ou célula regularmente. Eles gostam de receber oração e apreciam a comunhão, mas quando desafiados ao batismo/ compromisso recuam. Esses possivelmente ainda não nasceram de novo, mas são importantes.
O membro
É aquele irmão que se batizou e que freqüenta o grupo/ discipulado há algum tempo, oito reuniões pelo menos.
Um membro ainda precisa se tornar um discípulo, mas isso só acontece quando ele aceita o desafio de ser um líder em treinamento, um discípulo do líder.
O Discípulo
O discípulo é a pessoa que tomou a sua cruz e segue a Cristo. Membros buscam a própria bênção, mas discípulos são alcançados pelas promessas! Discípulos entenderam que precisam fazer a vontade de Deus.
Um membro se torna discípulo no momento em que aceita se tornar um líder em treinamento. O líder em treinamento é discípulo do líder da grupo. Ser um discípulo de Cristo é caminhar no caminho do vencedor.
1. O discípulo é aquele que é comprometido com a Palavra de Deus (Jo 8: 31)
A base de edificação de um discípulo é o reconhecimento de Jesus como Rei. A partir daí a palavra de Deus é a base de sua vida.
A submissão é a condição básica do discipulado (Hb 13: 17; 2ª Ts 3: 14). Muitos temem abuso de autoridade por parte do discipulador. Mas ele precisa entender que é servo do discípulo e não o dono. Não temos discípulos os discípulos são de Cristo. Um discípulo pode discordar e até debater uma idéia com seu discipulador e mesmo assim manter um coração submisso. A palavra de um discipulador a seu discípulo pode ser em três níveis:
Da Palavra de Deus:
Evidentemente diante da Palavra de Deus a submissão de um discípulo deve ser completa e absoluta. Se um discípulo ignora a palavra de Deus podemos então afirmar que ele é rebelde.
De conselho
O discipulador tem mais experiência e está apto a dar um conselho. Mas ele não pode obrigar o seu discípulo a segui-los cegamente.
Um discípulo, porém, que nunca aceita um conselho do seu discipulador é orgulhoso e auto-suficiente. Apesar dele não ser necessariamente rebelde, não é ensinável e dificilmente pode ser edificado. Por exemplo: "Olha! Eu já vivi essa experiência e não foi agradável, se eu fosse você não faria tal coisa." Isso é um conselho de quem se preocupa.
Da opinião
O terceiro tipo de palavra do discipulador são as suas opiniões. Não é necessário nenhum tipo de submissão às opiniões e gostos pessoais do discipulador. Por exemplo: "Use a roupa cor laranja que vc vai ficar bem", mas se você não gosta não deve usar. É apenas uma opnião.
2. O discípulo é aquele que ama a Jesus sobre todas as coisas (Lc 14.26,27)
As relações de discipulado devem ser claramente definidas e estabelecidas
Uma relação ambígua ou indefinida não permite uma edificação genuína. Alguns são discipuladores, mas seus discípulos não sabem que ele os discipula. Sentem-se constrangidos com a relação de discipulado. Jesus sabia quais eram os seus “doze”. Timóteo, Tito, Lucas e Epafras tinham uma relação clara com Paulo, ele sabia que eles eram seus discípulos.
O discipulado não é eterno
Certamente teremos muitos discipuladores no decorrer de nossa vida. João Marcos foi discípulo de Barnabé, Paulo e Pedro (At 12.25;15.37-39; 1Pe 5.13).
O discipulado não precisa, mas pode ser individual
O discipulado é mais produtivo quando não é individual. Não há relatos de encontros individuais de Jesus e os discípulos (2Tm 2.2). Discipular pessoas em grupo permite reunir a riqueza das múltiplas perspectivas.
3. Discípulo é aquele que tem a sua vida totalmente comprometida com o Senhor (Lc 14.33)
Se ao pensar na igreja nos limitamos à reunião e às células, nos enganamos. A nossa edificação passa também pelas reuniões de discipulado.
4. O discípulo é aquele que produz fruto (Jo 15.8)
Dar fruto é uma condição para se tornar discípulo. Na parábola dos talentos, o Senhor não vem buscar aquilo que ele mesmo deu ao servo, mas o lucro que o servo obteve aplicando aquilo que recebeu do Senhor.
5. O discípulo é aquele que é comprometido com outros num amor que envolve sacrifícios (Jo 13.34,35)
Dentro da célula temos os discípulos e os demais membros que são as ovelhas. Apascentar não é discipular, mas cuidar, proteger, alimentar e atender às necessidades das ovelhas. Se tratamos ovelhas como discípulos o resultado é o sofrimento da ovelha e a frustração do líder.
Nunca devemos desprezar as ovelhas que nos foram confiadas, mesmo que elas resistam em se tornar discípulos, pois teremos de prestar contas diante de Deus por cada uma delas. O líder deve sempre levar em conta os níveis ou estágios de maturidade dos membros. Jesus tinha as multidões, os 12 e entre estes, Pedro, João e Tiago. Para cada nível corresponde uma intensidade de acompanhamento e compromisso.
Quem não distingue os níveis na célula se frustra.